Lendas
Lendas e curiosidades...Pedrulhas de S. Martinho
Pedra da sesta
Chanfana
Os franceses cansados e cheios de fome encontraram uma cabra que mataram com um só tiro. Como as fontes estavam envenenadas, não tinham água para cozinhar a cabra e por isso cozinharam a carne com vinho que encontraram numa casa abandonada.
Desde esses tempos as pessoas da região começaram a cozinhar a chanfana em dias festivos.
Lenda do Sume
Num local da lagoa, o olheiro, chegaram a enfiar varas para ver até onde iria, e a vara era jogada para fora pela pressão que vinha de dentro da terra.
No alto da Lagoela, no Sabarrô, na fronteira entre a Antes e Ventosa, dizem os mais antigos, que existiram uns buracos, e que inclusivamente alguns mais destemidos, amarrados por cordas ali entraram tendo encontrado câmaras subterrâneas, e inclusivamente que lá dentro passaria um rio.
Também há quem diga que por baixo da capela de S. Pedro existiria um rio. Não será esse mesmo rio que alimenta o Sume?!
Lenda da origem do nome de Antes
Numa outra versão diz-se que há muitos anos, andando uma princesa moura à procura de local para mandar construir o seu palácio, ao passar por uns caminhos onde hoje se situa a casa da família Navega (Dr. Artur Navega) terá exclamado, ao verificar a beleza do local: “Antes Aqui!”.
Lenda da Maria Rinchoa
Lenda dos santos
Desconhece-se a época em que esse cemitério existiu, por isso fazendo parte do capítulo das lendas.
Não deixaremos no entanto de referir que o Cemitério Antigo da Antes foi construído em 1925, e que antes disso as pessoas que aqui faleciam eram sepultadas no cemitério de Ventosa do Bairro, de que a Antes fazia e faz parte religiosamente.
Lenda sobre a origem do nome Cértoma (rio)
Cértoma (rio)
Dizem que o facto seguinte deu origem ao seu nome:
Passando por elle a rainha Santa Isabel, e querendo beber, lhe disseram que o não fizesse, que era agua de péssima qualidade, tanto para a gente, como para o gado que d’ella bebia. A Santa provou, e disse – «Cérto má!» – e ficou-lhe o nome: mas desde então por diante ficou sendo esta agua d’optima qualidade.
Fonte Biblio: PINHO LEAL, Augusto Soares d’Azevedo Barbosa de
Portugal Antigo e Moderno Lisboa, Livraria Editora Tavares Cardoso & Irmão, 2006 [1873], p.tomo II, p. 253
www.lendarium.org/narrative/certoma/?tag=130 , visitado em 14-10-2019
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CERTOMA. Cértoma. Rio na Provincia da Beira, Bispado de Coimbra. Dizem, que passando por aqui a Rainha S. Isabel, e querendo beber da sua água, lhe aconselharam tal não fizesse, por ser de tão má qualidade, que não só à gente, mas até aos animais era danosa; provou-a a Santa, e disse: Certo má, donde tomou o nome de Cértoma, e dali em diante ficou de tão singular bondade, que se manifesta até nos gados que a bebem, porque a carne destes é sem comparação mais saborosa, que das outras. Nasce no Couto da Vacariça, junto ao Convento de Bussaco, daqui vai buscando o Ocidente, levando consigo vários regatos, e ribeiras, com os quais de Inverno engrossa a sua corrente de maneira, que sobem por ele barcos: morre no rio Agadão, no sítio do Requeixo. Cria peixe miúdo em abundância, cuja pescaria é livre a todos, e em todo o tempo. É cortado em açudes, que fazem para dar água aos moinhos, que há em toda a sua corrente.
“Dicionário Geográfico ou Notícia Histórica de Todas as Cidades, Villas, Lugares, e Aldeas, Rios, Ribeiras, e Serras dos Reynos de Portugal,… À saudosa memória, e eterna saudade do Senhor Rey D. João V.” – Lisboa, na Regia Oficina SYLVIANA, e da Academia Real, M. DCC. LI.
Informação sobre o Rio Cértoma gentilmente cedida por Pedro Mota